sexta-feira, 24 de abril de 2020

GEOGRAFIA - 5°/6° - 27/04/2020 A 30/04/2020



EMEB ESTUDANTE FLAMÍNIO ARAÚJO DE CASTRO RANGEL
R. Assunção, 176 – Assunção - São Bernardo do Campo - SP

Atividades Complementares
SEMANA
ATIVIDADE
NÚMERO
DATA
ANO/CICLO
02
Geografia
01
27 à 30/04/2020
EJA

  
         Nessa retomada aos estudos durante a quarentena, procurei desenvolver uma atividade que trás conteúdos da Geografia associados ao momento atual de pandemia que estamos vivendo. As próximas aulas retomarão os conteúdos discutidos em sala no início do semestre dando continuidade na matéria.
            Assim, com base no texto “Em primeiro lugar, a origem de tudo”, responda no seu caderno as seguintes questões:

1- Com base no texto, fale sobre o que significa a sociedade capitalista.
2- Destaque do texto aquilo que mais chamou sua atenção.

GEOGRAFIA - 5°/6° - 20/04/2020 A 24/04/2020



 EMEB ESTUDANTE FLAMÍNIO ARAÚJO DE CASTRO RANGEL
R. Assunção, 176 – Assunção - São Bernardo do Campo - SP

Atividades Complementares
SEMANA
ATIVIDADE
NÚMERO
DATA
ANO/CICLO
01
Geografia
01
22 à 24/04/2020
EJA


  

OBJETIVO: Refletir sobre o momento atual a partir das bases geográficas que explicam a pandemia atual como consequência das alterações que a humanidade vem provocando no meio (natureza). O texto abaixo trata-se de uma análise do Coletivo Veredas, de Maceió.

  
LEIA O TEXTO ABAIXO COM ATENÇÃO!


EM PRIMEIRO LUGAR, A ORIGEM DE TUDO
            O organismo que causa o Covid-19 está há muito tempo no meio ambiente, ao que tudo indica, alojado em morcegos que habitam cavernas intocadas. Este organismo trata-se de um vírus, que é um ser vivo como qualquer outro, e sua evolução se deu junto ao morcego em um ambiente isolado. Seu ciclo natural se quebrou quando os seres humanos, que não evoluíram ao seu lado e, portanto, não detém um organismo preparado para combatê-lo, invadiram estas cavernas.
            Aparentemente, isto parece um grande jogo de   sorte   e   azar:   o   homem   teria, casualmente, entrado na caverna errada e se contaminado com o vírus. Mas se analisarmos a situação mais a fundo, podemos ver que as coisas não são tão simples assim: a pandemia que hoje enfrentamos nos diz muito sobre a forma que nos organizamos enquanto sociedade. Ela tem colocado em xeque questões que vão desde a ocupação do meio ambiente (na qual a busca pelo lucro está acima da preservação, colocando em risco o funcionamento dos ecossistemas e a própria existência do planeta), até questões que tocam no que diz respeito ao uso da ciência no capitalismo (em que, mais uma vez, prevalece a pesquisa que seja mais lucrativa para o capital, e não a pesquisa que possa atender as necessidades humanas).
            A sociedade em que vivemos hoje é a sociedade capitalista. Sua lógica fundamental é de que toda a produção dos bens que necessitamos para viver (alimentos, roupas, moradias, remédios, etc.) são mercadorias que advém da exploração do trabalho. Com isto, essa sociedade se divide fundamentalmente em duas classes: os trabalhadores que precisam de dinheiro para comprar as mercadorias que necessitam para viver e por isto não obrigados a vender sua força de trabalho, e os burgueses, os donos das fábricas que vivem dos lucros produzidos por estes trabalhadores. Estas duas classes têm interesses antagônicos, ou seja, interesses opostos que jamais podem ser conciliados.
            Esta sociedade, para se manter funcionando, necessita de alguns elementos que auxiliem a classe dominante no controle da exploração dos trabalhadores, assim como em sua repressão diante da possibilidade de que se rebelem. Um destes elementos é o Estado: nele a classe dominante se organiza enquanto  uma  classe  política  e  administra  toda  a  sociedade segundo seus interesses. Para isto, ela precisa passar a imagem de que o Estado se trata de um órgão neutro, que pode auxiliar os trabalhadores quando necessário. Entretanto, se pararmos para analisar bem a história, isto nunca aconteceu: o Estado sempre reprimiu as manifestações dos  trabalhadores,  decretou  leis  que  enriqueceram  mais  ainda  a  camada  dominante  da sociedade  e,  apenas  quando  a  situação  lhe  conveio,  conferiu  algumas  migalhas  para  a     classe explorada em forma de benefícios que mal deram conta das demandas existentes.
            A lógica de uma sociedade que se apoia na divisão de classes e na exploração do trabalho só pode ser a da disputa pela obtenção de uma maior parcela de lucro: no capitalismo, tudo o que os trabalhadores produzem não são para atender as necessidades humanas, mas para atender as necessidades do mercado, para gerar mais lucro aos patrões. Pense em quantos remédios são produzidos diariamente e quantas pessoas doentes têm acesso a eles. Pense em quantas habitações estão hoje vazias e quantas pessoas hoje moram nas ruas. Em quantos alimentos são jogados no lixo ou ficam parados nas prateleiras dos supermercados enquanto muitas pessoas morrem de fome.
            Deste modo, as consequências desta forma de viver vão se mostrando cada vez mais no nosso dia a dia. A busca desenfreada pelo lucro faz com que os seres humanos explorem a natureza de uma forma inadequada, destruindo o próprio planeta em que vivem e entrando em contato com organismos os quais não podem suportar, como estes vírus. Alguns estudos já indicam, por exemplo, o perigo que representa o derretimento das geleiras na Rússia em decorrência do aquecimento do planeta, já que lá podem estar presentes organismos como vírus que comprometem a saúde humana.
            Por outro lado, uma população cada vez mais explorada, sem habitação, sem condições de higiene básicas, sem alimentação e acesso a saúde de qualidade, contribuempara que novas doenças se multipliquem e, cada vez mais, seja mais difícil lidar com elas.